Sem-teto rouba comida em casamento — e o noivo faz revelação surpreendente!6 min de lectura

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A menina sem lar roubou comida de um casamento — então o noivo disse: “Espera, eu te conheço!”

O guarda de segurança agarrou-a pelo pulso com tanta força que ela achou que os ossos iam se partir. Mas Mariana não chorou. Nunca chorava. Nem quando os pais morreram. Nem quando viveu na rua por três anos. E certamente não agora. Como é que aquela menina tão bonita acabou sem teto e a roubar num casamento de gente rica? Vamos descobrir juntos.

Mas antes, por favor, subscreve o meu canal. “Larga-me”, murmurou ela em voz baixa. Os olhos negros dela ardiam com uma chama que fez o homem corpulento recuar. O luxuoso pavilhão do casamento ficou em silêncio. Duzentos convidados ricos, de roupas caras, viraram-se para olhar a rapariga magra com calças rasgadas e uma camisa suja. Na mão livre, segurava um prato de arroz e frango que tinha apanhado da mesa. “Ladra!”, gritou alguém.

“Chama a polícia!”, berrou outro. Mas então uma voz cortou o barulho como uma faca. Esperem. Todos se viraram. O noivo aproximou-se. Era alto e bonito, com o seu fato branco impecável. Chamava-se Tiago, e este devia ser o dia mais feliz da sua vida. Mas algo nos seus olhos parecia diferente. Triste, talvez, ou zangado.

“Larga-a”, disse Tiago ao guarda. “Mas senhor, ela roubou comida do seu casamento”, respondeu o segurança. Tiago olhou para Mariana. Olhou mesmo. Não para as roupas sujas nem para o rosto magro. Olhou-a nos olhos, e o que viu ali fez-lhe o coração saltar. “Como te chamas?”, perguntou baixinho. Mariana levantou o queixo. Não tinha vergonha. Tivera fome e comera. Isso era sobreviver.

“Mariana.”

“Mariana”, repetiu Tiago. O nome soou-lhe estranho na língua, como se o tivesse dito há muito tempo. “Quantos anos tens?”

“Vinte e cinco.”

Uma mulher com um vestido cor-de-rosa apareceu entre a multidão. Era Beatriz, a noiva de Tiago. O rosto estava vermelho de raiva. “Tiago, o que estás a fazer? É o dia do nosso casamento. Manda-a devolver a comida e embora.”

Mas Tiago não se mexeu. Continuou a olhar para Mariana. “De onde és?”

“Isso importa?”, perguntou Mariana. Tentou soar dura, mas algo naquele homem fazia-a sentir-se estranha. Como se o conhecesse de algum lugar.

“Sim”, sussurrou Tiago. “Importa mais do que pensas.”

Uma senhora idosa deu um passo à frente. Era Dona Margarida, a avó de Tiago. Era pequena mas forte, com cabelo prateado e olhos cheios de sabedoria. “Tiago”, disse com cuidado. “Talvez devêssemos falar lá dentro.”

“Não”, respondeu Tiago, a voz cada vez mais firme. “Quero saber. Mariana, lembras-te de alguma coisa da tua infância, antes de viver na rua?”

O coração de Mariana acelerou. Porque é que ele perguntava aquilo?

“Vivia num orfanato. Os meus pais morreram num acidente de carro quando eu tinha sete anos. Porquê?”

Beatriz agarrou Tiago pelo braço. “Tiago, estás a assustar-me. O que se passa?”

Mas Tiago afastou-se da noiva. Aproximou-se de Mariana. Tão perto que via as lágrimas a brotar nos olhos dela.

“Mostra-me o ombro esquerdo”, pediu.

“O quê?” Mariana recuou.

“Por favor, só por favor.” Algo na voz dele fez com que ela cedesse. Lentamente, Mariana puxou a camisa para baixo. No ombro esquerdo, tinha uma pequena cicatriz em forma de estrela.

As pernas de Tiago fraquejaram. Quase caiu.

“Meu Deus”, murmurou. “Meu Deus, és tu.”

Beatriz gritou. “O que é que se passa?”

Dona Margarida aproximou-se, as mãos idosas a tremer. “Tiago, não, não pode ser.”

“É”, afirmou Tiago, as lágrimas a escorrerem-lhe pelo rosto. “Avó, olha bem para ela.”

A anciã fixou Mariana, os olhos negros, a forma como mantinha a cabeça erguida, mesmo quando todos estavam contra ela, a pequena cicatriz.

“Impossível”, sussurrou Dona Margarida.

“Alguém me pode explicar o que se está a passar, por favor?”, exigiu Mariana, agora também com a voz a tremer.

Tiago virou-se para os convidados do casamento. A voz saiu clara e forte.

“Todos, preciso de lhes dizer uma coisa. Este casamento não pode acontecer.”

“O quê?!”, gritou Beatriz.

“Porque”, disse Tiago, olhando diretamente para Mariana, “esta mulher é a minha irmã.”

O pavilhão explodiu em murmúrios. Gritos e exclamações ecoaram. Beatriz começou a chorar, mas Mariana ficou ali, paralisada.

“Isso é impossível”, disse ela. “O meu irmão morreu no mesmo acidente que os meus pais. Disseram-me que ele morreu.”

“Não”, disse Dona Margarida em voz baixa. De repente, parecia muito mais velha. “Tiago, disseram-te que a tua irmã morrera. E a ti, Mariana, disseram que o teu irmão morrera. Mas ambos estavam enganados.”

Tiago aproximou-se de Mariana.

“Lembro-me de ti. Brincávamos no quintal. Partilhávamos segredos. Prometi-te que nunca te deixaria. E depois… perdemo-nos.”

Mariana olhou para ele, o coração a bater descontroladamente. Havia algo ali, uma memória enterrada há tanto tempo. Um quintal cheio de flores. Uma risada que reconhecia.

“Se és mesmo o meu irmão…”, começou ela, a voz a quebrar.

“Sou”, disse Tiago. “E desta vez, não te vou perder.”

E assim, no meio daquela festa de gente rica, entre os olhares de espanto e os sussurros, Mariana encontrou, finalmente, o que pensara estar perdido para sempre.

A sua família.

Parte 2 – O Segredo do Passado

O silêncio dominou o pavilhão enquanto os olhos de Mariana e Tiago se encontravam. Os murmúrios cresciam, mas, naquele momento, Mariana só ouvia os próprios batimentos do coração, que ecoavam nos seus ouvidos. Seria possível que ele estivesse a dizer a verdade? Seria possível que aquela ligação estranha entre eles fosse mais do que uma simples coincidência?

A imagem da cicatriz no ombro esquerdo queimava-lhe na memória. De alguma forma, ela sabia: havia algo naquele homem, algo na sua voz, que despertava lembranças adormecidas no fundo do seu ser.

Tiago fitava-a, os olhos cheios de emoção contida, mas também de confusão. Havia algo no seu rosto, uma mistura de desespero e alívio, como se finalmente tivesse encontrado o que procurava há anos. Aproximou-se mais, com passos trémulos, e estendeu a mão como se quisesse tocá-la, mas parou a meio do gesto.

“Eu sei, Mariana. Eu sei”, disse em voz baixa. “Lembras-te do quintal? Tu e eu brincávamos ali, no jardim da casa dos Santos. Ensinaste-me a andar de bicicleta. Uma vez, atiraste-me à água e deixaste-me ali, encharcado, enquanto te rias como nunca.”

Mariana recuou. Não conseguia lembrar-se de nada do que ele dizia. A sua mente estava confusa, cheia deE, enquanto o sol se punha sobre os campos dourados de Portugal, Mariana finalmente sentiu, entre as lágrimas e o sorriso, que encontrara não só um irmão, mas também o seu próprio caminho de volta para casa.

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