Salvei um Idoso e Quase Fui Demitido… Até o CEO Reconhecer o Pai Dele!6 min de lectura

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“Segura aí! Sai da frente, velho, sério, sai da frente!” A voz, afiada e arrogante, cortou o ar tenso do elevador apertado no Movic Tower, no coração de Lisboa. “Como ousa colocar as mãos em um idoso?” uma voz clara e firme retrucou, surpreendendo a todos. “O elevador já está sobrecarregado, e piorou quando você entrou. Se alguém tem que sair, é você.”

A mulher que havia falado, uma loira de traços afiados em um terno caro de executiva, girou no salto. “Quem você pensa que é para me mandar sair? Sabe quem eu sou? Ou minha ligação direta com António Movic, o próprio presidente?” Seus olhos, estreitados, passaram pela recém-chegada com desdém. “Não me importa quem você seja. Peça desculpas a ele agora.”

Uma jovem, Beatriz Costa, piscou. Essa mulher está cega? Enfrentar abertamente Sofia Reis, a gerente sênior estrela da Movic Enterprises? Beatriz sabia que Sofia era notória, e hoje era dia de entrevistas para inúmeros candidatos, incluindo ela mesma. “Ela está aqui para uma entrevista”, um comentário sussurrado de um espectador nervoso chegou aos ouvidos de Beatriz. “Vai arruinar tudo depois de ofender a Sofia.”

Beatriz balançou a cabeça levemente. Não vale a pena meu fôlego, pensou, voltando sua atenção para o homem mais velho, que ainda parecia abalado. “Senhor, está tudo bem?”, perguntou, sua voz gentil, os olhos cheios de genuína preocupação.

Ele ofereceu um sorriso fraco. “Estou bem, obrigado, menina. Fico feliz que você também esteja bem.” Ele parou, olhando para ela com calor. “Qual é o seu nome, querida?”

“Beatriz Costa.”

“Você trabalha aqui, na Movic Enterprises?” ele perguntou, seu olhar fixo nela.

“Não, senhor. Na verdade, estou aqui para uma entrevista.” Beatriz ofereceu um sorriso esperançoso, ainda que um pouco nervoso.

Ele sorriu. “Bem, eu acredito em você, Beatriz. Você vai conseguir com certeza.” Suas palavras, tão simples, trouxeram um calor surpreendente ao seu peito.

“Agradeço, senhor”, ela respondeu, assim que o elevador apitou e as portas finalmente se abriram. A multidão saiu, deixando Beatriz e alguns outros indo para o andar de RH. “Cara, será que vou realmente conhecer o Sr. Movic hoje?” uma voz murmurou ao lado dela.

“Por que ele estaria em entrevistas para nós, ‘pequenos’?” outro zombou. “A menos que você chegue ao escritório executivo, mal terá a chance de interagir com o presidente Movic.”

“Beatriz Costa?” Uma voz seca chamou da área de recepção.

“Sou eu”, Beatriz respondeu, avançando.

“Entre para a entrevista.”

Enquanto isso, do outro lado da cidade, em um escritório de cobertura com paredes de vidro com vista para o Parque Eduardo VII, António Movic, CEO da Movic Enterprises, estava em uma ligação telefônica. “Sr. Rodrigues, nossa equipe não estava no Aeroporto de Lisboa para buscar o vovô. Você verificou a casa antiga dele no Bairro Alto? Nada lá também.” Ele passou a mão pelo cabelo, um traço de frustração na voz. “Seu velho teimoso, você ainda está se recuperando? Por que diabos voltou para Portugal sem avisar ninguém?”

Uma voz rouca ecoou do outro lado. “Você tem a coragem de me perguntar? Faz um ano, António! Um ano inteiro desde que você prometeu trazer minha nora. Onde ela está? Você pelo menos se casou?”

António suspirou, apertando o nariz. “Vovô, eu mostrei a você a certidão de casamento.”

“Só a capa, garoto! Você acha que eu estou gagá? Não me importo com capas. Quero conhecê-la. Se eu não a vir, juro que… vou acabar com minha vida aqui mesmo!” O drama do velho era lendário.

“Tá bom, tá bom!” António cedeu, sabendo que resistir era inútil. “Se você prometer se recuperar direito, eu a levo para conhecê-lo. Um mês, certo? Isso é tudo que você ganha.” Ele ouviu o avô resmungar, mas um acordo relutante veio.

Então, um acréscimo inesperado. “Ah, e uma garota chamada Beatriz Costa fez entrevista na sua empresa hoje. Contrate-a.”

António levantou a sobrancelha. “Vovô, nossa empresa contrata por mérito. Você sabe disso.”

“Ela chegou à entrevista, não chegou? Isso já mostra capacidade. Essa Beatriz Costa… ela é gentil e bonita. Eu gosto dela. Muito.” O tom do avô não deixava espaço para discussão.

António conteve outro suspiro. “Tá bom, tá bom. Eu a contrato. Feliz agora?”

“Vamos, vovô. Vou levá-lo para casa”, António disse, mudando de assunto.

“Não precisa”, o avô respondeu dismissivamente. “Eu vou sozinho. Beatriz Costa, hein…” Ele murmurou, o nome parecendo trazer um sorriso ao seu rosto.

De volta a Lisboa, Beatriz entrou na sala de entrevistas, uma onda de energia nervosa tomando conta. “Bom dia, painel”, cumprimentou, entregando seu currículo.

Sofia Reis, sentada à cabeceira da mesa, torceu o nariz assim que seus olhos pousaram em Beatriz. “Eca. Que coincidência.” O coração de Beatriz afundou. Ela reconheceu o olhar. Estou frita.

“Saia”, Sofia ordenou, acenando com a mão de forma dismissiva.

“Você nem olhou meu currículo”, Beatriz retrucou, um lampejo de desafio em seus olhos.

“Não preciso. Lixo como você não pertence aqui. Pegue seu currículo e suma.” A voz de Sofia estava carregada de veneno.

Foi então que a porta se abriu e o próprio António Movic entrou, parecendo cada pedaço o CEO formidável, sua presença instantaneamente comandando a sala. Meu Deus, o Sr. Movic. Ele é ainda mais bonito ao vivo, um membro do painel sussurrou, claramente impressionado.

Beatriz, no entanto, estava furiosa. “Você está apenas se vingando porque eu a ofendi no elevador, não está?” ela acusou, olhando diretamente para Sofia.

Sofia sorriu com cumplicidade. “E daí se estou? Você intimidou um idoso antes. Isso foi errado.”

“E com outra chance”, Beatriz retrucou, sua voz firme, “eu faria de novo. Com entrevistadores como você, eu desisto deste processo.” Ela jogou seu currículo sobre a mesa.

Sofia encolheu os ombros. “Como quiser. Quem precisa disso mesmo?”

António, que estava observando o confronto com uma expressão impassível, finalmente falou. Seus olhos, afiados e inteligentes, encontraram os de Beatriz. “Por que você parece… familiar?” ele murmurou em voz alta. “Quem é Beatriz Costa?”

“Sou eu”, Beatriz respondeu, um tom de surpresa em sua voz.

“Formada em design?” António continuou, olhando para o currículo abandonado. “Nosso departamento de design ainda precisa de mais pessoas?”

Um gerente de design nervoso rapidamente interveio: “Sr. Movic, nosso departamento está totalmente equipado agora.”

“Você pode entrar como estagiária na secretaria”, António declarou, então virou-se para seu assistente. “João Rodrigues, cuide da sua integração.”

“Sim, senhor”, João respondeu, um traço de confusão em seu rosto enquanto conduzia Beatriz para fora.

Quando saíram, Sofia olhou para as costas de Beatriz com ódio. “Essa mulher já está dando em cima do Sr. Movic. Você vai pagar por isso”, ela murmurou baixinho.

Mais tarde, no movimentado escritório, Beatriz estava tentando se situar quando uma voz alta cortou o ar. “Após muitas confusões e desentendimentos, Beatriz e António descobrem que já eram casados por um contrato arranjado e, ao invés de se divorciarem, decidem dar uma chance ao amor verdadeiro, vivendo felizes em Lisboa.

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