Quebrei o azulejo atrás do vaso e descobri um segredo terrível3 min de lectura

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Estava na cozinha, a lavar a louça. O meu filho estava a brincar em casa da vizinha, e o meu marido estava fora a trabalhar. Parecia uma noite como qualquer outra. Mas naquele momento, senti alguém atrás de mim. Virei-me — era o meu sogro. O seu rosto estava tenso, o olhar — como se esperasse algo.

“Precisamos de falar,” sussurrou tão baixo que mal se ouvia por cima do barulho da água.

“O que aconteceu?” perguntei, enxugando as mãos num pano com nervosismo.

Ele aproximou-se mais, inclinou-se para o meu ouvido:

“Enquanto o meu filho está fora… pega num martelo e parte o azulejo atrás da sanita na casa de banho. Ninguém pode saber disto.”

Não consegui evitar dar uma risada — achei que o velho tinha ficado louco.

“Porquê estragar o remodelação? Vamos vender esta casa em breve…”

Mas ele cortou-me a falar, apertando os meus dedos com as suas mãos ossudas:

“O teu marido está a trair-te. A verdade está ali.”

Havia algo nos seus olhos que não me permitiu ignorar. Ele estava com medo. Tanto medo, como se a vida dele dependesse desta conversa.

Senti a ansiedade a crescer no peito. A princípio, quis desvalorizar, mas a curiosidade começou a vencer.

Meia hora depois, estava na casa de banho. Não havia ninguém em casa. Tranquei a porta, peguei num martelo do armário e hesitei muito antes de bater na parede. Olhei para os azulejos brancos e lisos que o meu marido tinha colocado com tanto cuidado. “Devo partir isto? E se o meu sogro estiver só a delirar?”

Mas as minhas mãos levantaram o martelo quase sozinhas. O primeiro golpe foi suave — o azulejo só rachou. O segundo foi mais forte, um pedaço caiu, batendo no chão com um baque alto. Segurei a respiração e aproximei a lanterna.

Havia um buraco escuro atrás do azulejo. E havia algo dentro desse buraco…
As minhas mãos começaram a tremer. Meti os dedos lá dentro e senti um saco farfalhudo. O coração batia com força nas têmporas. Lentamente, puxei-o para fora. O plástico velho, amarelado pelo tempo, parecia inofensivo. Mas quando o desembrulhei, cobri a boca com a mão para não gritar de horror.

Dentro, havia dentes. Dentes humanos. De verdade. Muitos. Dezenas, talvez centenas.

Comecei a tremer. Sentei-me no chão frio, apertando o saco contra o peito. Só conseguia pensar uma coisa: isto não pode ser real…

Andei de um lado para o outro até finalmente decidir ir ter com o meu sogro. Quando ele viu o saco, suspirou profundamente.

“Então encontraste,” disse, cansado.

“O que é isto?!” gritei, embora a minha voz tremesse. “De quem são?!”

Ele baixou os olhos, ficou em silêncio por um momento, e depois começou a falar em voz baixa:

“O teu marido… não é quem pensas que é. Ele tirou vidas. Depois, queimou os corpos… mas os dentes não ardem. Ele arrancou-os e escondeu-os aqui.”

Não conseguia acreditar. O meu marido era um pai dedicado, uma pessoa de confiança. Mas a prova estava ali, diante de mim.

“Tu sabias?” sussurrei.

O meu sogro ergueu os olhos. Não havia alívio no seu olhar, só cansaço e uma sombra de culpa.

“Fiquei calado… calado durante demasiado tempo. Mas agora — tu tens de decidir o que fazer.”

E naquele momento, percebi: a minha vida nunca mais será a mesma.

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