Humilde Mãe Consola Criança Chorona… Sem Saber Que Seu Pai Rico Observava Tudo…5 min de lectura

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Uma mãe humilde ajuda um menino que chorava enquanto carregava seu filho, sem saber que seu pai milionário estava observando. “Não chores, meu amor, já passou”, sussurrou Mariana, acariciando o rosto molhado do desconhecido. “Como te chamas, filho?” Miguel soluçou, o garoto de 12 anos tremendo sob a chuva forte que caía nas ruas de Lisboa.

Mariana apertou o bebê João contra seu peito com uma mão e, com a outra, tirou o casaco encharcado para cobrir os ombros do menino. Seus próprios lábios estavam roxos de frio, mas não hesitou nem um segundo. “Onde estão teus pais, Miguel?”, perguntou com voz doce, protegendo-o com seu corpo enquanto buscavam abrigo sob a marquise de uma loja.

“Meu pai… meu pai sempre está trabalhando”, murmurou o menino. “Briguei com o Tomás, o motorista, e desci do carro. Não sei onde estou.” A poucos metros dali, pela janela escurecida de um Mercedes preto, António Albuquerque observava a cena com o coração na garganta.

Passara os últimos 30 minutos percorrendo as ruas após o desesperado telefonema da escola. O filho fugira de novo. Mas o que viu o deixou sem palavras. Uma jovem mulher, claramente humilde pela roupa simples e gastinha, consolava Miguel como se fosse seu próprio filho. Carregava um bebê que não devia ter mais de seis meses e ainda assim dera sua única proteção contra a chuva a um desconhecido.

“Olha, sobrou umas rissóis de hoje”, disse Mariana, tirando um saquinho de papel da bolsa. “Estão só um pouquinho frios, mas vão te aquecer. Tens fome?” Miguel acenou e pegou o rissol com mãos trêmulas. Fazia anos que ninguém cuidava dele com aquela ternura simples e sincera. “Está ótimo”, murmurou entre bocados.

“A minha mãe nunca cozinhava para mim.” O comentário atravessou o coração de Mariana como uma faca. Aquele menino, com seu uniforme caro do Colégio São João de Brito e sapatos de marca, parecia ter todo dinheiro do mundo, mas faltava-lhe o mais importante. “Toda mãe sabe cozinhar no coração”, disse, enxugando suas lágrimas com a manga.

“Às vezes só precisam de um pouquinho de ajuda para lembrar.” António desceu devagar do carro, cada passo como se pisasse em vidros quebrados. A culpa sufocava-o. Quando foi a última vez que consolara o filho assim? Quando foi a última vez que realmente o vira? “Miguel”, chamou, com voz rouca. O menino ergueu a cabeça e, ao ver o pai, endureceu.

Mariana sentiu a mudança imediatamente e olhou na direção da voz. Seus olhos cruzaram com os de António Albuquerque, e o mundo parou por um instante. Era ele, o homem das revistas, o CEO mais bem-sucedido de Portugal, o viúvo milionário que aparecia em todas as notícias de negócios.

“Meu Deus”, sussurrou Mariana, recuando. “O senhor é o pai do Miguel?” António aproximou-se devagar. “E a senhora é a pessoa mais generosa que já conheci.” Mariana sentiu as faces arderem de vergonha. Certamente pensaria que era uma daquelas mulheres que se aproveitavam de crianças ricas. Rapidamente devolveu o casaco a Miguel e tentou afastar-se.

“Não, não, eu só… só estava a ajudá-lo porque ele chorava.” “Espere”, disse António, estendendo a mão. “Por favor, não vá.” Mas Mariana já recuava, apertando João contra o peito. As gotas de chuva misturavam-se às lágrimas que lhe brotavam dos olhos.

“Miguel, vamos”, murmurou António, mas o filho não se mexeu. “Não quero ir”, disse o menino, agarrando-se ao casaco que ainda vestia. “Ela cuidou de mim quando estava sozinho. Ninguém cuida de mim como ela.” As palavras de Miguel atingiram António como um soco no estômago. O próprio filho preferia uma estranha a ele.

“Minha senhora”, falou António, voz mais suave. “Chamo-me António Albuquerque e devo-lhe um pedido de desculpas.” “Um pedido de desculpas?” Mariana perguntou, confusa. “Por ser o tipo de pai que faz com que o filho prefira a companhia de desconhecidos à minha.” O silêncio que se seguiu só foi quebrado pelo som da chuva no asfalto.

Mariana olhou para aquele homem poderoso, vulnerável pela primeira vez, e depois para Miguel, que ainda se agarrava ao casaco como a um salva-vidas. “Os filhos só precisam ser vistos”, disse finalmente. “Precisam ser ouvidos de verdade.” António assentiu, engolindo em seco. Sabia que ela tinha razão. Sabia que falhara.

“Como posso retribuir o que fez pelo meu filho?” Mariana abanou a cabeça, ajustando o cobertor de João. “Não tem que me agradecer nada. Qualquer pessoa faria o mesmo.” “Não”, disse António, olhando-a nos olhos. “Nem toda pessoa. A senhora deu seu casaco a um desconhecido enquanto carregava seu próprio bebê na chuva. Isso não é comum. Isso é extraordinário.”

Pela primeira vez, Mariana não soube o que dizer. Aquele homem olhava para ela como se fosse algo valioso, algo especial. Ninguém a olhara assim antes. “Tenho que ir”, murmurou finalmente. “O João vai ficar doente com este frio.” “Ao menos deixe-nos levá-los para casa”, ofereceu António. “É o mínimo que posso fazer.”

Mariana olhou-o com desconfiança. Homens ricos sempre queriam algo em troca. “Não, obrigada.” “Podemos ir de carro?”, pediu Miguel, segurando sua mão. “Por favor?”

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