A Vingança no Elevador: Um Desfecho Surpreendente

Era suposto ser o dia mais feliz da vida do meu marido, mas o destino reservava-me uma surpresa cruel. Aquele dia começou como qualquer outro, pelo menos foi o que pensei.

Havia semanas que o meu marido, João, se preparava para uma apresentação importante num evento da empresa. Trabalhara sem descanso, e eu, cheia de orgulho, quis ajudá-lo da melhor maneira possível. Na véspera, preparei-lhe o seu prato favorito, e na manhã seguinte, despedi-me dele com um sorriso, escondendo a inquietação que me consumia. Ele partiu, alheio ao que estava prestes a acontecer.

Enquanto arrumava a casa, deparei-me com o seu portátil esquecido. A apresentação estava lá guardada, e não podia deixar que todo o seu esforço fosse em vão por um simples esquecimento. Decidi levar-lho pessoalmente ao hotel onde o evento iria decorrer.

Ao chegar, algo me pareceu estranho. O saguão, que costumava estar repleto de pessoas, estava deserto. Confusa, perguntei à rececionista sobre o evento, mas ela garantiu-me que não havia nada agendado para aquele dia. Insisti, pedindo que verificasse se havia alguma reserva em nome de João. Após um silêncio tenso, ela confirmou que sim—havia um quarto registado no nome dele e entregou-me o número.

O coração acelerou-me enquanto subia as escadas. Ao aproximar-me do corredor, ouvi risos abafados e sons que me gelaram o sangue: beijos. Escondi-me atrás de uma esquina e vi, com horror, João e a minha melhor amiga, Beatriz, de mãos dadas, a caminharem para o quarto.

A dor cortou-me como uma faca, mas, em vez de enfrentá-los na hora, tirei fotografias como prova. As lágrimas queimavam-me os olhos, mas o desejo de vingança falou mais alto. Desci discretamente para o saguão, onde a rececionista, testemunha do meu sofrimento, me ofereceu ajuda.

Juntas, elaborámos um plano perfeito. Com um olhar de cumplicidade, ela levou-me a um elevador privado, desconhecido da maioria dos hóspedes. Quando João e Beatriz entraram, confiantes e distraídos, eu já lá estava, invisível na penumbra.

As portas fecharam-se. Enquanto o elevador subia, deixei cair no chão um saco cheio de rebuçados, criando uma distração. Os dois trocaram olhares confusos, sem perceber o que se passava. E, antes que pudessem reagir, as portas cerraram-se—encerrando-os num destino que não conseguiram antever.

Sorri, finalmente satisfeita. A minha vingança estava consumada, tão subtil quanto implacável. E eles nem sequer perceberam… até ser tarde demais.

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