Homem a caminho do aeroporto vê algo inesperado e precisa parar2 min de lectura

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Ele corria para o aeroporto para mais um voo, mas o que viu pelo caminho fez-lhe pisar no travão.

Naquele dia, tudo seguia normal, exceto pela chuva torrencial que caía lá fora.

Apressado, notou uma mulher debaixo do temporal, segurando uma criança pequena. Por um instante, pensou em ignorar e seguir direto para o aeroporto, mas a consciência pesou mais. Parou o carro, desceu e abordou-a.

— Olá, posso ajudar? Por que está aqui com este pequenino? — perguntou, já molhado até aos ossos.

— Não tenho para onde ir — respondeu ela, escondendo o rosto. — O meu marido pôs-nos na rua… Não sei o que será de nós.

Sem hesitar, o homem tirou as chaves do bolso e ordenou ao motorista que as levasse para o seu apartamento em Lisboa, garantindo que tivessem tudo até ele voltar da viagem.

O motorista levou-as, e ele seguiu para o aeroporto, já atrasado.

Duas semanas depois, regressou e dirigiu-se para casa. Bateu à porta, mas ninguém atendeu. Estranhamente destravada, entrou… e o que viu deixou-o sem palavras.

Paralisou na entrada, o coração aos saltos. Na sala, uma mulher e uma criança — mas não eram as mesmas que vira na chuva.

Brinquedos organizados no chão, o cheiro de jantar acabado de fazer, e no piano, uma pequena nota: “Obrigada pela sua bondade. Estamos em casa.”

Mas então, reparou num cantinho. Enrolado num cobertor macio, estava outro menino, de olhos grandes e familiaríssimos — os mesmos do bebé da chuva, só que agora com quase sete anos.

A mulher ergueu o rosto e sorriu, mas havia algo nos seus olhos.

— Ele achou-nos sozinho. Chamamos-lhe… o nosso milagre.

Rafael sentiu o peso sair-lhe dos ombros, mas uma dúvida crescia. Não era só gratiluz — era mistério. E talvez o começo de algo maior.

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